Atividades 1 a 7. História. C10
3°
ciclo – C 10
História
– Professora Sandra Aulas 1, 2, 3, 4,
5, 6 e 7.
Aulas 1 e 2 – Os Astecas
Aula 3 – Os Maias
Aulas 4 e 5 – Os Incas
Aula 6 – Os Tupis
Aula 7 – Exercícios
Os astecas
Os astecas viveram em Aztlán
(daí seu nome), no norte da América, até por volta do século XII, quando
deixaram sua região de origem em busca de terras férteis. No início do século
seguinte, depois de muito caminhar chegaram ao Vale do México, à beira do lago
Texcoco e, em 1325, fundaram a cidade de Tenochtitlán.
Aos poucos, por meio da guerra
e de alianças políticas, os astecas dominaram diversos povos da região. Assim,
acidade de Tenochtitlán passou a ser a cabeça de um grande império, o Império
Asteca.
Os povos submetidos aos
astecas eram obrigados a pagar impostos. Caso se recusassem, eram castigados
com expedições punitivas – que incluem saques e raptos de pessoas.
Além de pagar impostos, os
povos dominados também eram obrigados a cultuar o deus asteca da guerra, das
tempestades e do Sol. Isso ajuda a explicar por que os povos sb domínio asteca
se rebelavam com frequência.
Saberes e técnicas dos astecas
Desde antes da chegada dos
europeus, as cidades construídas pelos povos da América chamavam a atenção dos
visitantes. Para construir Tenochtitlán, por exemplo, os astecas utilizavam
conhecimentos de cálculo e técnicas apuradas de construção cicvil.
Na capital asteca
destacavam-se as chinampas, ilhas artificiais, feitas sobre estacas fixadas no
fundo do lago. Para fixá-las, os astecas, além de bons construtores, tinham de
ser ótimos nadadores e dominar técnicas de respiração. A fertilidade das terras
pantanosas garantia a produção de alimentos para os habitantes da cidade
lacustre. Nessas ilhas, eles cultivavam flores, verduras e plantas medicinais,
entre outras.
Cortada por canais e
aquedutos, ruas largas e retas, Tenochtitlán provocou enorme admiração nos
conquistadores espanhóis nascidos em cidades relativamente menores, de ruas
tortas e estreitas. A cidade de Tenochtitlán continua chamando a atenção dos
estudiosos de hoje.
Os
maias
Os maias estão entre as
civilizações mais antigas da América. Seus ancestrais viviam nas montanhas da
atual Guatemala desde 2500 a.C.
Inicialmente, os maias eram caçadores
e coletores e se deslocavam constantemente pela selva em busca de alimentos
(caça, pesca e colheita). Mais tarde, domesticaram plantas, como o milho, a
pimenta e o feijão, e se estabeleceram na Península de Yucatán, local em que os
arqueólogos descobriram, em meio a floresta tropical, as cidades de Tikal e
Copán. Depois, os maias ocuparam também cidades já existentes, como Uxmal e
Chichén-Itza, situadas ao norte.
A área onde se desenvolveu a
civilização maia corresponde ao sul do Méxica atual, quase toda a Guatemala,
parte de El Salvador, parte de Honduras e Belize.
Assim como os antigos gregos,
os maias viviam em cidades-Estados, ou seja, cidades com governo, leis e
costumes próprios. Em caso de guerra contra um inimigo comum, as cidades maias
se organizavam em confederações, mas nunca chegaram a construir um império, a
exemplo dos astecas e dos incas.
Sociedade e economia
A sociedade maia era
hierarquizada: a eleite era formada por nobres e sacerdotes; abaixo deles
vinham os artesãos e os trabalhadores livres, agricultores em sua maioria. Os
nobres e os sacerdotes ajudavam o governante máximo de cada cidade a dirigi-la.
Ele tinha o título religioso de Hunac Ceel e era visto pelo povo como
representante dos deuses.
Os Camponeses acreditavam que,
para conseguir boas colheitas, tinha que pagar impostos a esse governo
“sagrado”. Os impostos eram pagos com parte do que eles produziam e com
trabalhos gratuitos para o governo (como reparo e construção de estradas). A
agricultura tinha grande importância na vida dos maias. A maioria deles vivia
no campo, onde cultivavam feijão, abóbora, algodão, cacau, abacate e milho. O
milho era a base de sua alimentação. Eles comiam milho assado, cozido ou na
forma de farinha.
Os camponeses cavavam canais
para irrigar as pequenas mudas de milho, uma vez que o terreno era seco devido
ao sol constante na região. Isso pode ser deduzido pela vegetação nativa que
crescia pelo milharal, o cacto, típico de solos áridos.
Saberes e técnicas maias
Pirâmides
As grandes e sofisticadas
construções maias e o deslocamento de enormes blocos de pedra revelam seus
conhecimentos de engenharia e cálculo. As pirâmides serviam de esteio para os
templos, aos quais se chegava por meio de uma escadaria íngreme. Algumas
pirâmides, como a de Tikal, tinham mais de 60 metros de altura. Muitas cidades
maias surgiam em torno dos centros cerimoniais.
Os
incas
Acredita-se que, enquanto
caminhavam à procura de terras férteis, os incas chegaram ao interior da
Cordilheira dos Andes por volta do século XIII.
Naquelas terras altas,
começaram suas vidas como camponeses e pastores e ergueram a cidade de Cuzco.
Aos poucos, no entanto, ampliaram seus domínios aliando-se aos povos da região
ou submetendo-os. Em 1438, fundaram um império, que teve Pachacuti como
primeiro imperador. No processo de formação do seu império, os incas
assimilaram elementos de outras culturas, inclusive o quéchua, a língua que
mais tarde espalhariam pelos Andes.
O império Inca expandiu-se
consideravelmente graças às sucessivas conquistas. Ele era dividido em várias
regiões administrativas, cujos governadores deviam prestar contas de seus atos
ao imperador. A interligação entre as regiões do império era feita por uma
eficiente rede de estradas construídas nas encostas das montanhas. Jovens eram
treinados desde a infância para correr por elas, levando e trazendo informações
e produtos por longas distâncias. As principais estradas incas ligavam o
interior a Cuzco, uma cidade planejada que servia como capital do império
incaico.
Sociedade incaica
O imperador – conhecido como
Inca ou Filho do Sol – era visto como semidivino e possuía enormes poderes e privilégios;
seu cargo era hereditário. Abaixo dele estavam os sacerdotes e os chefes
militares, todos saídos da nobreza. Depois vinham os artesãos, os soldados, os
projetistas e os funcionários públicos. Estes profissionais viviam em cidades e
eram sustentados pelo governo, que armazenava riquezas com os impostos cobrados
pelas comunidades camponesas e dos povos sob o domínio inca.
Saberes e técnicas incas
Edificações incas
Antes de começar uma
construção, os incas, produziam uma maquete de argila e pedra que os ajudava a
formar uma ideia da obra depois de pronta. Na construção, usavam grandes blocos
de pedra, que eram cortados e encaixados uns nos outros sem a necessidade de
uma substancia colante.
Em Machu Picchu existem
edificações em que se pode ver o modo de organização dos bairros de uma cidade
inca. Restam, ainda hoje, construções incas intactas e um número grande de
vestígios delas em cidades como Cuzco, Lima e Quito.
Técnica, trabalho e impostos
Habitando regiões montanhosas,
os incas desenvolveram uma técnica agrícola que consistia em construir terraços
na forma de uma imensa escada para a prática da agricultura (sistemas de
terraço). Nos degraus mais altos, cultivavam espécies vegetais resistentes ao
frio, como a batata, nos do meio, milho, abóbora e feijão; nos mais baixos,
semeavam as árvores frutíferas. Com isso, conseguiam colheitas variadas e
fartas o ano inteiro. Os incas se dedicavam também ao pastoreio: criavam a
lhama e a alpaca, animais usados no transporte e dos quais obtinham lã e leite.
Os camponeses constituíam a
maioria da população. Cada aldeia era formada por um conjunto de famílias
camponesas unidas por laços de parentesco que recebiam o nome de ayllu;
o chefe ayllu era o kuraka.
As terras de cada ayllu
eram divididas em três partes: uma para o imperador, uma para os deuses
(controlada pelos sacerdotes) e outra para as famílias camponesas. Além de
trabalhar todas as terras, os camponeses tinham de prestas serviços gratuitos
ao Estado, plantando, construindo ou reformando; esta obrigação tinha o nome
de mita.
Os
tupis
Quando Pedro Álvares Cabral
aqui chegou, havia milhões de indígenas agrupados em mais de mil povos falantes
de cerca de 1.300 línguas. Boa parte dessas línguas pertencia ao tronco Tupi.
Calcula-se que, na época, a população tupi era de 1 milhão de pessoas.
Os povos tupis tinham uma
origem comum: a atual Floresta Amazônica. Suas casas eram ruidosas e
movimentadas. Suas aldeias eram grandes se comparadas às da Amazônia atual. Por
volta de 500 a.C., eles começaram a se expandir; uma parte deles caminhou pelo
interior em direção ao sul; outra parte rumou até a foz do rio Amazonas e
depois avançou pelo litoral no sentido norte-sul.
Os tupis praticavam a
agricultura, com destaque para o cultivo da mandioca, planta que foi descoberta
e domesticada por eles. Para complementar sua dieta caçavam, pescavam e
coletavam produtos da floresta.
Entre os grupos tupis que
habitavam o litoral estavam os tupinambás da área onde hoje é o Rio de Janeiro;
e os tupiniquins que tinham suas aldeias onde hoje é Porto Seguro, na Bahia.
Técnicas e saberes tupis
Objetos que contam história
Os mantos indígenas
confeccionados pelos tupinambás, grupo falante de língua tupi que habitava o
litoral brasileiro, eram de fibras naturais (embira) e penas de guará, ave de
plumagem vermelha do litoral norte brasileiro.
Os mantos seriam, para vestir
os meninos durante importante festa que celebra a passagem da adolescência para
a fase adulta e, para homenagear adultos do sexo masculino que se destacavam
por sua valentia ou religiosidade.
Os tupinambás nos deixarem
seis exemplares de mantos, todos conservados em museus da Europa, como no Museu
Nacional de Copenhague, primeiro citado acima, e no Museu do Homem, em Paris,
segundo citado.
Mais da metade dos brasileiros
consomem farinha de mandioca diariamente. A mandioca foi domesticada,
provavelmente pelos povos tupis.
Exercício
Fazer um quadro comparativo
das principais características desses povos indígenas.
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